
“Sempre foi assim”: O perigo do conformismo na segurança
Imagine a cena: você entra em uma fábrica e observa uma tarefa rotineira sendo realizada de maneira claramente imprudente. Intrigado, você pergunta por que aquele processo é feito daquela forma. A resposta vem rápida, quase automática: “Sempre foi feito assim.”
Essa frase, embora pareça inofensiva, carrega consigo um peso enorme. É como se ela erguesse um muro invisível entre o presente e o futuro, impedindo a evolução, o aprendizado e, no caso da segurança, a prevenção de acidentes que poderiam ser evitados.
E, quase sempre, ela vem acompanhada de uma perigosa presunção: “sempre foi assim e nunca aconteceu nada.” Essa lógica, embora confortável, é enganosa. A ausência de acidentes no passado não é garantia de segurança no presente ou no futuro. Muitas vezes, os perigos estão lá, latentes, esperando uma combinação de fatores para se manifestarem. É justamente esse tipo de pensamento que impede a identificação de riscos e a implementação de melhorias.
Quantas vezes nos deparamos com procedimentos antigos, ferramentas ultrapassadas ou práticas que ninguém ousa questionar? Não é raro que essa resistência venha disfarçada de rotina, mas, no fundo, é medo de mudar, de olhar para algo e admitir que pode ser melhorado.
O custo do “sempre foi assim”
A segurança não é um estado permanente, é um processo vivo. Ela não é garantida e precisa ser constantemente revisada e aprimorada, porque os riscos mudam, as condições se transformam e as tecnologias avançam. Se ficarmos presos ao “sempre foi assim”, corremos o risco de sermos pegos de surpresa por situações que poderiam ter sido previstas.
Pense nos silos e armazéns industriais, por exemplo. Durante décadas, a poeira combustível foi considerada apenas uma sujeira que precisava ser varrida. Hoje, sabemos que ela é um perigo real, com potencial explosivo. E como descobrimos isso? Porque alguém, em algum lugar, decidiu questionar o “sempre foi assim”.
Por que mudar é tão difícil?
Talvez porque mudar exige esforço. Não é fácil admitir que um sistema ou prática que funcionou por anos precisa de ajustes. Mas é aqui que entra a importância da melhoria contínua.
Quando falamos de segurança, não há espaço para acomodação. Cada acidente, cada incidente e cada “quase” devem servir como pontos de aprendizado. Olhar para esses eventos com olhos críticos e vontade de melhorar é o que separa empresas que realmente agem daquelas que apenas reagem aos problemas.
A segurança como uma conversa constante
Na Grunn, costumamos dizer que segurança é como uma boa conversa: precisa ser contínua, aberta e baseada em confiança. Não importa se você é o gestor, o técnico ou o operador da máquina. Todos têm algo a contribuir. É ouvindo diferentes perspectivas que conseguimos identificar brechas e pensar em soluções melhores.
Então, da próxima vez que ouvir “sempre foi assim”, pergunte: e se pudesse ser diferente? E se houvesse uma maneira mais segura, mais eficiente e mais moderna de fazer as coisas?
Porque o futuro depende do que fazemos hoje
A mudança, por menor que seja, é o que nos leva adiante. Seja ao instalar sensores mais precisos, ao revisar normas internas ou ao oferecer treinamentos regulares para os times, cada ação conta. Não espere que algo dê errado para começar a questionar.
No fim das contas, segurança é sobre cuidar do todo. E quem realmente se preocupa sabe que o conformismo é o maior inimigo da inovação.
Que tal começarmos hoje? No que você está disposto a melhorar?
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